sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Aprovado reajuste salarial de 15% para professores do Estado


De O Povo online

A Assembleia Legislativa aprovou durante sessão no início desta tarde de sexta-feira, 2, proposta do Governo do Ceará que reajusta o salário dos professores da rede estadual. Os professores receberão um aumento de 15% – sendo que 7,5% serão pagos este ano e 7%, em janeiro de 2012. Parte da segunda parcela já seria paga, de qualquer maneira, a todos os servidores.

Durante a manhã, os professores fizeram manifestação verbal em frente à Assembleia, utilizando, também, um carro de som. Porém, o protesto foi discreto, comparando aos anteriores. Depois das 10h30, os professores começam a se dispersar, e permanceu na Casa um grupo com cerca de 20 docentes.

Eram 33 deputados participando da votação; destes, os seis seguintes foram contra a proposta: Eliane Novais (PSB), Heitor Férrer (PDT), Ferreira Aragão (PDT), Agostinho Moreira (PV), Roberto Mesquita (PV) e Capitão Wagner (PRB).

Boa parte da categoria em Fortaleza é contra o acordo feito com o Governo, defende a deflagração de uma nova greve e acusa o Sindicato de ter atropelado as negociações.

Aumento
Uma das reclamações é sobre o fato de a Lei do Piso – que diz que nenhum professor pode ganhar menos que R$ 1.158,00 – não repercutir em todos os níveis da carreira. A categoria desejava que o percentual de aumento do piso fosse dado a todos os professores, não apenas aos de nível médio, que ganhavam menos que aquele valor. O Governo alega não ter como arcar com o ônus que a repercussão causaria na folha de pagamento.
Redação O POVO Online

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Professores do Interior foram decisivos para resultado

Muitos docentes vieram do Interior através de ônibus alugados. Apeoc diz que custeou vinda de alguns professores de fora da Capital

O Povo 26.11.2011| 01:30
Apeoc garantiu o transporte de professores vindos do Interior (EDIMAR SOARES) Apeoc garantiu o transporte de professores vindos do Interior (EDIMAR SOARES)

Uma das mais fortes mobilizações do Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) no interior do Estado resultou em uma participação “decisiva” dos professores que vieram de longe para participar da assembleia geral dos docentes – realizada ontem, rejeitando o início de uma nova greve geral. A avaliação é do vice-presidente do sindicato Apeoc, professor Reginaldo Pinheiro.

Segundo ele, desde a última segunda-feira e durante toda esta semana, o sindicato Apeoc realizou seminários para professores em diversas cidades do Estado com o objetivo de discutir benefícios já conquistados pela categoria.

O professor explicou que o sindicato deixou claro para os docentes do Interior que sua posição era desfavorável ao início de uma nova paralisação. Depois disso, o sindicato também custeou o transporte de professores do Interior até Fortaleza, para participar da assembleia de ontem. “Mas esse transporte foi oferecido aos professores independentemente de seus posicionamentos”, explicou Reginaldo.

Acusações

Durante a assembleia de ontem, que ocorreu sob clima de guerra, defensores da greve bradavam das arquibancadas que o Governo do Estado teria manipulado e até financiado a vinda de professores de várias cidades do Interior para que votassem contra a greve. Para Anízio Melo, presidente da Apeoc, não faz diferença a origem dos professores. “Nós queríamos garantir que todos aqui fossem professores”.

Do lado de fora do ginásio Paulo Sarasate, O POVO observou professores do Interior esperando ônibus alugados que os levariam de volta para suas cidades. Abordados, todos demonstravam receito ao dar qualquer informação e evitavam falar qualquer coisa sobre a assembleia.

Segundo Reginaldo Pinheiro, a Apeoc também recebeu denúncias semelhantes. “Por outro lado, tivemos denúncias até de que, em algumas cidades, agentes da oposição estavam ofertando transporte para professores votarem a favor da greve”.

O POVO tentou contato com o Governo por meio da assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até o fechamento desta página.

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA
O ginásio Paulo Sarasate estava lotado. Cerca de 5 mil docentes estavam presentes, segundo o Apeoc. Ônibus estacionados ao redor do ginásio indicavam que uma parte significativa veio do interior do Estado.
Pedro Alves
pedroalves@opovo.com.br

A Extinção dos professores

Nobres alunos, familiares, companheiros, colegas e demais pessoas que acompanham o trabalho dos profissionais do magistério. Acredito que todos estão vendo pela TV e jornais o problema sério que pelo qual está passando a escola pública e os professores. Não estou referindo-me às agressões físicas covardes patrocinadas pelo poder executivo e legislativo, que por si só já são crimes hediondos, mas a destruição total da carreira de professor.     

Esta quase impossível continuar sendo professor nesta cidade, neste estado e neste país. Por que uma profissão que todos afirmam ser muito bonita e vital para a sociedade não atrai os jovens? Se é tão importante, por que um grande número de professores competentes estão deixando, abandonando, pedindo as contas e indo dedicar-se a outras atividades? É falta de dedicação, de vocação e de amor por esse trabalho? NÃO! NÃO É POR CAUSA DISSO!!!

Educação de qualidade é condição indispensável para a garantia de um futuro mais digno e livre para a sociedade. É a educação que pode melhorar o futuro. Mas, e o futuro dos professores? Por incrivel que pareça estes NÃO TEM FUTURO!

Quando entramos em qualquer empresa ou quando sonhamos com um trabalho, uma profissão; nosso desejo é que este trabalho seja valorizado e garanta uma condição digna de vida para nossa família. Sonhamos com um trabalho que nos dê a possibilidade de crescermos enquanto indivíduos e exercermos com segurança material nossas potencialidades.

Para nós professores, este sonho, estas possibilidades estão sumarizadas no que se chama CARREIRA. Um governo sério procura não apenas respeitar o plano de carreira dos professores, mas melhorá-lo para que estes tenham as condições reais para desenvolver seu trabalho com qualidade.

E o que estão fazendo os governos? Exatamente o contrário. Estão piorando o que que já era ruim. Retirando direitos e precarizando ao máximo a carreira do magistério. De uma coisa os senhores e senhoras podem ter certeza: quem decidir ser professor atualmente saiba que caso não seja herdeiro de pelo menos um barraco, você vai morar na rua pois com o salário que ganhamos mal da para pagar um aluguel!    

Se você decidir ser professor saiba também que não terá tempo para viver, pois todo ele será dedicado à salas de aulas lotadas e aos três turnos que você terá de trabalhar se quiser pagar suas contas sempre atrasadas.

Se você quiser ser professor saiba ainda que seus sábados e domingos serão dedicados a corrigir trabalhos escolares e se sobrar tempo, o que é quase impossível, talvez dê para elaborar aulas para o dia seguinte. 

Se decidir ser professor, prepara-se para adoecer seriamente. Depressão por não ter tempo para dedicar-se aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Depressão por ser ridicularizado pelos governos de plantão e vez por outra ser chamado de vagabundo por algum deputado(a). Depressão por não poder nem ler um livro ou fazer um curso de aperfeiçoamento. Ematomas por todo o corpo e Síndrome do Pânico por saber que corriqueiramente será alvo de agressões psicológicas, morais e físicas pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar e do "pilotão especial" das guardas municipais. Não esqueça que você pode perder a visão pelos efeitos do gás de pimenta que sempre será usado caso queira reclamar. Não podemos deixar de citar e lembrar as balas de borracha e os espancamentos por cacetetes. Tem ainda os puxões de cabelo.

Se decidir ser professor saiba que a única possiblidade de mellhoria salarial é através da ascenção funcional consequida com estudos de pós-graduação. Pagos por você. Com os novos projetos de leis elaborados pelos governos e aprovados pelos parlamentos, o aumento é menor que o benefício pago pelo bolsa-família.

Se você decidir ser professor não esqueça que é a carreira de nível superior que possui os menores salários do país.

Se você decidir ser professor da escola pública e tiver que ser obrigado pelo governo a entrar em greve, saiba que o poder judiciário sempre julgará o movimento ilegal. Não se iluda. A lei nunca estará do seu lado.   

Na escola privada a situação não é muito diferente. O professor que reclamar de alguma coisa é sumariamente demitido. Na verdade essa é também a vontade dos governos estaduais e prefeituras.

E se você pensa que o sindicato da categoria é combativo e sempre sairá em sua defesa, ESQUEÇA! Nosso sindicato é uma vergonha, uma lástima. Sempre se alia aos governos de plantão contra os professores.

E aí? Tá afim? - Espero que sim. Se ainda existe um pouco de conhecimento científico, cultural e artístico nesta nação, agradeçamos as professores, que mesmo diante deste caos resistem bravamente. Contra tudo e contra todos. Os professores que ainda estão de pé merecem respeito. São eles os maiores defensores da educação. Mas, por mais competentes, sonhadores e combativos que sejamos, não é possível vencermos sozinhos. Cabe a esta sociedade: pai, mãe, avô/avó, demais familiares, alunos e todos os trabalhadores sair em defesa dos professores.     

OS PROFESSORES ESTÃO EM EXTINÇÃO.

HENRIQUE GOMES DE LIMA - PROFESSOR
 

Assembléia dos professores - 25 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Professores do estado decidem não retomar greve



"Professores da rede estadual de ensino decidiram não retomar a greve da categoria. Eles estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (25), em uma assembleia geral, no ginásio Paulo Sarasate, em Fortaleza. Houve confusão e tumulto porque alguns deles denunciam que uma caravana de docentes do interior do estado teria vindo à capital somente para votar contra a paralisação."


Retirado de jangadeiro online

Assembleia geral dos professores termina em confusão

Foto: Izaias Vieira
Os professores da rede pública estadual de ensino decidiram, em assembleia geral realizada na manhã desta sexta-feira (25), no Ginásio Paulo Sarasate, dar continuidade às negociações com o Governo do Estado ao invés de declarar uma nova greve da categoria.

A proposta feita pelo Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) foi aceita com alta margem de votos. Mas a decisão revoltou parte dos manifestantes que apoiavam a nova paralisação.

Confusão
Após o anúncio da decisão, houve um princípio de tumulto e alguns professores arremessaram objetos e cadeiras contra o palanque. Um grupo de manifestantes chegou a derrubar as grades de proteção e invadir o espaço onde eram feitos os discursos.

O presidente da Apeoc, Anízio Melo, teve de ser escoltado por seguranças para deixar a assembleia devido ao risco de ser agredido.

Denúncia
Alguns professores denunciam que o Governo do Estado incentivando a formação de grupos de professores do interior do Estado que teriam vindo a Fortaleza para votar, durante assembleia desta sexta-feira (25), contra a deflagração de uma nova greve.

Educadores também acusam o Sindicato dos Professores e Servidores em Educação do Estado do Ceará (Apeoc) de trabalhar para encerrar a mobilização, evitando uma nova greve, mesmo sem que a categoria tenha as reivindicações atendidas.

Greve
No dia 11 de novembro, em votação acirrada, os manifestantes resolveram encerrar a greve deflagrada no dia 5 de agosto (durou 63 dias) e propuseram uma nova paralisação que pode ser iniciada no dia 28. A categoria recusa o reajuste de 15% oferecido pelo governador Cid Gomes.

Proposta
Os servidores receberam uma proposta no último dia 4 de novembro, do Governo do Estado do Ceará, para reajuste de salário. A categoria pode receber 15% de acréscimo, que seria implantado em duas parcelas. A primeira, de 7,5%, retroativa a 1º de novembro, já seria recebida neste mês; e a segunda, de outros 7,5%, valeria a partir de 1º de janeiro de 2012. Além dos 15%, o Governo propôs gratificação de 20% para professores com título de mestrado e 30% para doutores.

Protesto
Educadores, estudantes e pais de alunos estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira (24), na Praça do Ferreira, em Fortaleza, para protestar contra as ameaças e o assédio moral que os professores da rede pública estadual afirmam estar recebendo do Governo do Estado. A mobilização começou com uma passeata pelas ruas do centro, a partir da Praça da Bandeira.

Os educadores reivindicam o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério com repercussão na carreira, além da garantia de 1/3 da carga horária para planejamento de aulas.

Com informações da repórter Kamila Ladeira
Blog Politika - jangadeiro online

Professores estaduais decidem não continuar greve

Professores estaduais decidem não continuar greve from PORTAL CNEWS on Vimeo.

Fonte: CNEWS

Presidente da Apeoc comemora greve rejeitada

"O presidente do Sindicato Apeoc, Anízio Melo, comemorou, nesta sexta-feira, a decisão da assembleia geral dos professores que rejeitou a tese de retomada da greve da categoria. Ficou acertado, durante a concentração no ginásio Pauo Sarasate, que os docentes continuarão negociando com o governo do Estado novos avanços." Retirado do Blog do Eliomar de Lima

Professor Reinalde Mapurunga defendendo a proposta de greve

Professores estaduais votam pela continuidade das negociações sem paralisação das aulas

O Povo online - Atualizada às 11hmin

Professores estaduais decidiram pela continuidade das negociações com o Governo do Estado, sem paralisação das aulas, em assembleia no Ginásio Paulo Sarasate na manhã desta sexta-feira, 25. O ginásio estava tomado pelos docentes e o clima ficou tenso após a votação, devido à insatisfação de alguns professores que defendiam uma nova greve. Grupos de estudantes da rede estadual também acompanharam o movimento.

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Foto: Edimar Soares
O professor Reinaldo Mapurunga defendeu o retorno da paralisação, e chamou o sindicato de "pelego". Em sua fala, o presidente da Apeoc, Anísio Melo, posicionou-se favorável à manutenção das negociações.

Após a votação, professores que queriam a volta da greve se revoltaram. O presidente da Apeoc, Anízio Melo, precisou ser escoltado por outros membros do sindicato, porque algumas pessoas queriam agredi-lo.

Dentro do ginásio, houve confroto e quebra-quebra. Um grupo de docentes ainda se dirigiu ao lado de fora do ginásio e tentaram depredar um carro, que pensavam ser de Anízio Melo. Não há informação sobre feridos graves.

Do lado de fora do ginásio, professores queimaram crachás e bandeiras do sindicato Apeoc.

O presidente da Comissão de Educação da OAB-CE, Edimir Martins, esteve na votação e defendeu que a assembleia deveria ter sido mediada por alguma entidade isenta à questão, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) ou a própria OAB. "O processo não devia ter sido regido pela Apeoc, que é a parte interessada no processo", disse Edimir à rádio O POVO/CBN.

Ainda assim, segundo Edimir, a assembleia deve ser considerada legítima, a menos que alguma entidade queira contestar a votação judicialmente.

Em contato com O POVO Online, o advogado da Apeoc, Fabiano Lima, disse que a condução da assembleia por parte do presidente da Apeoc é norma prevista no estatuto do sindicato. "A assembleia foi conduzida dentro da legalidade. Ilegal seria se fosse conduzida pela CUT ou OAB, que são entidades estranhas ao processo", disse Fabiano.

Segundo Fabiano, ambas as entidades foram convidadas pela própria Apeoc a presenciarem a assembleia, mas apenas como observadoras. 

Entenda o caso
A crise entre os professores da rede estadual e o Governo Cid Gomes (PSB) começou em agosto deste ano, quando a categoria deflagrou uma greve que durou 63 dias. No último dia 7 de outubro, os professores decidiram suspender a greve, mas prometeram continuar na luta pelas reivindicações sob ameaça de nova interrupção.

Redação O POVO Online