sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Assembleia geral dos professores termina em confusão

Foto: Izaias Vieira
Os professores da rede pública estadual de ensino decidiram, em assembleia geral realizada na manhã desta sexta-feira (25), no Ginásio Paulo Sarasate, dar continuidade às negociações com o Governo do Estado ao invés de declarar uma nova greve da categoria.

A proposta feita pelo Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) foi aceita com alta margem de votos. Mas a decisão revoltou parte dos manifestantes que apoiavam a nova paralisação.

Confusão
Após o anúncio da decisão, houve um princípio de tumulto e alguns professores arremessaram objetos e cadeiras contra o palanque. Um grupo de manifestantes chegou a derrubar as grades de proteção e invadir o espaço onde eram feitos os discursos.

O presidente da Apeoc, Anízio Melo, teve de ser escoltado por seguranças para deixar a assembleia devido ao risco de ser agredido.

Denúncia
Alguns professores denunciam que o Governo do Estado incentivando a formação de grupos de professores do interior do Estado que teriam vindo a Fortaleza para votar, durante assembleia desta sexta-feira (25), contra a deflagração de uma nova greve.

Educadores também acusam o Sindicato dos Professores e Servidores em Educação do Estado do Ceará (Apeoc) de trabalhar para encerrar a mobilização, evitando uma nova greve, mesmo sem que a categoria tenha as reivindicações atendidas.

Greve
No dia 11 de novembro, em votação acirrada, os manifestantes resolveram encerrar a greve deflagrada no dia 5 de agosto (durou 63 dias) e propuseram uma nova paralisação que pode ser iniciada no dia 28. A categoria recusa o reajuste de 15% oferecido pelo governador Cid Gomes.

Proposta
Os servidores receberam uma proposta no último dia 4 de novembro, do Governo do Estado do Ceará, para reajuste de salário. A categoria pode receber 15% de acréscimo, que seria implantado em duas parcelas. A primeira, de 7,5%, retroativa a 1º de novembro, já seria recebida neste mês; e a segunda, de outros 7,5%, valeria a partir de 1º de janeiro de 2012. Além dos 15%, o Governo propôs gratificação de 20% para professores com título de mestrado e 30% para doutores.

Protesto
Educadores, estudantes e pais de alunos estiveram reunidos na tarde desta quinta-feira (24), na Praça do Ferreira, em Fortaleza, para protestar contra as ameaças e o assédio moral que os professores da rede pública estadual afirmam estar recebendo do Governo do Estado. A mobilização começou com uma passeata pelas ruas do centro, a partir da Praça da Bandeira.

Os educadores reivindicam o cumprimento da Lei Nacional do Piso do Magistério com repercussão na carreira, além da garantia de 1/3 da carga horária para planejamento de aulas.

Com informações da repórter Kamila Ladeira
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