Diário do Nordeste - 24/11/11
Movimentos educacionais promovem passeata no Centro, hoje, para mostrar a insatisfação da categoria
A
Secretaria Estadual de Educação (Seduc) promete medidas drásticas em
caso de nova paralisação dos professores. Entre elas, estão a suspensão
de pronto do salário e a abertura de processos administrativos para as
situações em que a lei disciplina. A entidade descarta substituição
imediata de professores.
Se depender da movimentação e do clima
polêmico gerado, a assembleia geral extraordinária, marcada pelos
profissionais do magistério do Estado para amanhã, a partir das 8 horas,
no Ginásio Paulo Sarasate, deverá ser a mais concorrida dos últimos
anos.
Para a secretária Izolda Cela, sua entidade assumiu atitude
de abertura ao diálogo e à negociação. "Durante dois meses de greve
(parcial, mas de expressiva gravidade pelo prejuízo causado aos alunos e
às escolas), aconteceram, pelo menos, 10 reuniões para restabelecer o
processo de negociação e reformulação de propostas tidas como essenciais
pelo sindicato", afirmou.
Izolda considera a perspectiva de
continuidade da greve (não é outra greve, pois trata-se do mesmo
contexto e suposto motivo) como alarmante. "A Seduc, no âmbito de sua
responsabilidade institucional e, inclusive, pela cobrança de pais, vai
adotar medidas para minimizar prejuízos, caso alguma paralisação volte a
acontecer. É importante lembrar que há uma determinação judicial
ordenando a suspensão da greve. Uma das medidas que poderá ser adotada é
a suspensão imediata do salário e a abertura de processos
administrativos para as situações em a lei disciplina. No entanto,
esperamos que a categoria possa se posicionar de forma positiva à
proposta que foi apresentada", disse.
Sobre como minimizar os
prejuízos, a secretária afirma que a reposição das aulas será bem
planejada e levará em consideração a situação de cada escola dentro
processo de greve.
A meta, segunda ela, é primar por uma
reposição qualificada das aulas e os 200 dias letivos cumpridos na
íntegra para todos os turnos de funcionamento da escola. Para 2012, a
rede estadual terá calendários letivos diferenciados devido ao número de
dias paralisados por parte das escolas.
O vice-presidente do
Sindicato dos Professore - Apeoc, Reginaldo Pinheiro, considera positivo
os avanços conseguidos pela categoria e não vê intimidação por parte de
nenhuma entidade interferindo na categoria. "A assembleia é soberana",
disse.
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